Hino
executado em continência à Bandeira Nacional
e ao presidente da República,
ao Congresso
Nacional e ao Supremo Tribunal
Federal, assim como em outros casos determinados pelos regulamentos
de continência ou cortesia internacional. Sua execução é permitida ainda na
abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas de caráter patriótico e
antes de eventos esportivos internacionais.
A partir de 22 de setembro de 2009,
o hino nacional brasileiro tornou-se obrigatório em escolas públicas e particulares de todo o país. Ao menos uma
vez por semana todos os alunos do ensino fundamental
devem cantá-lo.[2]
Francisco Manuel da
Silva, autor da música do hino nacional brasileiro.
A música do
hino é de Francisco Manuel da Silva e foi inicialmente composta para banda. Em 1831,
tornou-se popular com versos que comemoravam a abdicação de Dom Pedro I.
Posteriormente, à época da coroação de Dom Pedro II, sua letra foi trocada e a composição,
devido a sua popularidade, passou a ser considerada como o hino nacional
brasileiro, embora não tenha sido oficializada como tal. Após a proclamação
da República os governantes abriram um concurso para a oficialização
de um novo hino, ganho por Leopoldo Miguez. Entretanto, com as manifestações
populares contrárias à adoção do novo hino, o presidente da República, Deodoro da Fonseca,
oficializou como Hino Nacional Brasileiro a composição de Francisco Manuel da
Silva, estabelecendo que a composição de Leopoldo Miguez seria o Hino da
Proclamação da República. Durante o centenário da Proclamação da
Independência, em 1922, finalmente a letra escrita
pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se oficial.
A orquestração do hino é de Antônio de Assis
Republicano e sua instrumentação para banda é do tenente Antônio
Pinto Júnior. A adaptação vocal foi feita por Alberto Nepomuceno
e é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou
artístico-instrumentais do hino.
A música do
Hino Nacional do Brasil foi composta em 1822,
por Francisco Manuel da
Silva, chamada inicialmente de "Marcha Triunfal" para
comemorar a Independência do país.
Essa música tornou-se bastante popular durante os anos seguintes, e recebeu
duas letras. A primeira letra, produzida quando Dom Pedro I abdicou do trono, foi de autoria de
Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, sendo cantada pela primeira vez, juntamente
com a execução do hino, no cais do Largo do Paço (ex-Cais Pharoux, atual Praça
15 de Novembro, no Rio de Janeiro), a 13 de abril de 1831, em desacato ao
ex-imperador que embarcava para Portugal. A letra dizia o seguinte:
Os bronzes da tirania
Já no Brasil não rouquejam;
Os monstros que o escravizavam
Já entre nós não vicejam.
(estribilho)
Da Pátria o grito
Eis que se desata
Desde o Amazonas
Até o Prata
Ferrões e grilhões e forcas
D'antemão se preparavam;
Mil planos de proscrição
As mãos dos monstros gizavam
Já no Brasil não rouquejam;
Os monstros que o escravizavam
Já entre nós não vicejam.
(estribilho)
Da Pátria o grito
Eis que se desata
Desde o Amazonas
Até o Prata
Ferrões e grilhões e forcas
D'antemão se preparavam;
Mil planos de proscrição
As mãos dos monstros gizavam
O hino
passou assim a se chamar "Hino ao 7 de abril" em alusão à abdicação
de Dom Pedro I. Já a
segunda letra, na época da coroação de Dom Pedro II, de
autoria desconhecida, dizia:
Negar de Pedro as virtudes
Seu talento escurecer
É negar como é sublime
Da bela aurora, o romper
Seu talento escurecer
É negar como é sublime
Da bela aurora, o romper
Durante o segundo reinado, o hino nacional era executado nas solenidades
oficiais em que participasse o imperador, sem qualquer canção.
Após a Proclamação
da República em 1889, um concurso foi realizado
para escolher um novo Hino Nacional. A música vencedora, entretanto, foi
hostilizada pelo público e pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca.
Esta composição ("Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!...")
seria oficializada como Hino da
Proclamação da República do Brasil, e a música original, de Francisco Manuel da
Silva, continuou como hino oficial. Somente em 1906
foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse
ao hino, e o poema declarado vencedor foi o de Joaquim Osório
Duque Estrada, em 1909, que foi oficializado por Decreto do Presidente Epitácio Pessoa em 1922
e permanece até hoje.
De acordo
com o Capítulo V da Lei 5.700 (01/09/1971), que trata
dos símbolos nacionais, durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar
atitude de respeito, de pé e em silêncio. Civis do sexo masculino com a cabeça
descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das
respectivas corporações. Além disso, é vedada qualquer outra forma de saudação
(gestual ou vocal como, por exemplo, aplausos, gritos de ordem ou manifestações
ostensivas do gênero, sendo estas desrespeitosas ou não).
Segundo a
Seção II da mesma lei, execuções simplesmente instrumentais devem ser tocadas
sem repetição e execuções vocais devem sempre apresentar as duas partes do
poema cantadas em uníssono. Portanto, em caso de execução instrumental prevista
no cerimonial, não se deve acompanhar a execução cantando, deve-se manter,
conforme descrito acima, silêncio.
Em caso de
cerimônia em que se tenha que executar um hino nacional estrangeiro, este deve,
por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.
HINO NACIONAL BRASILEIRO
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Primeira Parte
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Segunda Parte
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Ouviram
do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante, E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó Liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido, De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada Entre outras mil És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo És mãe gentil, Pátria amada, Brasil! |
Deitado
eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores, "Nossos bosques têm mais vida", "Nossa vida" no teu seio "mais amores". (*) Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula - Paz no futuro e glória no passado. Mas se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada Entre outras mil És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo És mãe gentil, Pátria amada, Brasil! |